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Como começar a cultuar Babalon?

Foto do escritor: Vesta N.O.X.Vesta N.O.X.

Atualizado: 16 de ago. de 2023


Arte: "The Great Veil" por Mitchell Nolte


Muitas pessoas chegam até mim com esse mesmo questionamento. Dúvidas, inseguranças, medos e desconhecimento do assunto, o que é super normal. Thelema é uma religião ainda muito jovem e que por quase um século ficou restrita a um punhado de Ordens que não tinham muito interesse em divulgação ampla ou em facilitar a linguagem árida e quase inacessível da teoria thelêmica para o grande público.

Mas a Deusa é Mãe das Abominações, todos podem beber de seu Cálice. Ela chega ao Novo Aeon para se consagrar como a divindade do Feminino Selvagem que atende às demandas do nosso zeitgeist e que se abre - com o perdão do trocadilho - para quem está disposto. Dessa forma, a Corrente 156 se destaca como um novo caminho, mais suave, artístico, prazeroso, livre e acessível.

Obviamente, essa nova abordagem se consagra a cada dia e é normal que atraia muitas pessoas e, sobretudo, muitas mulheres que sempre foram repelidas de Thelema devido a seu ambiente até então bastante hostil. O que venho propor aqui está longe de ser definitivo ou regra. É basicamente uma explanação do que acreditamos e vivemos na Egrégora Escarlate e pode ser exatamente o tipo de abordagem que você precisava encontrar.


Como começar?


O primeiro passo primordial é, sem sombra de dúvidas ler os Livros Sagrados. Não se assuste, eles são bem concisos. Essa experiência do primeiro choque no contato com escrituras tão subversivas é decisivo para que você entenda que lugar Thelema pode ocupar na sua jornada. Não se preocupe em entender pois essa interpretação te acompanhará o resto de sua vida. Se preocupe em sentir, em se observar. O que esses textos causam em você? Eles te provocam? Eles ressoam como algo que parece que você já conhecia ou que é exatamente o que você estava procurando (mesmo que você não entenda porquê)? Apesar do susto, o que você sente é um ímpeto de seguir em frente? São as reflexões iniciais que te nortearão neste primeiro momento.

Mas quais livros são esses? O Livro da Lei e o Livro de Babalon a serem lidos nesta ordem.


Depois desta leitura inicial, você já pode começar práticas devocionais. Devoção é um caminho pautado na divindade, de forma que a sua formação teórica pode ocorrer concomitante mente às práticas. Na nossa egrégora buscamos nos afastar ao máximo da abordagem clássica onde você precisa estudar "tudo" antes de começar pois entendemos que o sentir, o toque da Deusa, o seu diálogo com Ela são tão importantes quanto o exercício intelectual.

As práticas devocionais que você pode implementar são aquelas clássicas que você imagina: as orações, a entoação do mantra e o pranayama. E aqui você faz suas escolhas: pode praticar apenas uma delas, mudar de uma para outra a cada dia ou semana e combinar práticas de diferentes maneiras. Sinta-se capaz de tomar essas decisões, experimente! Inicialmente você não precisa de nada além de tempo. Pode começar como dá. Uma vez por semana? Ok. Mas vá evoluindo com o passar do tempo, aumentando essa frequência para pelo menos três vezes por semana. O ideal é saudar a Deusa todos os dias (é claro que nem sempre conseguimos manter uma rotina perfeita, mas devemos tentar ser o mais consistentes que conseguirmos). Se você gostar de beber café e quiser uma prática diária muito suave e agradável, pode também fazer a consagração do seu café todos os dias. E se você curte música, não deixe de conferir a playlist de Babalon.

Enquanto se habitua às práticas diárias, incentivo que você explore este site, meu perfil no instagram e minha playlist no youtube e leia os textos e assista as lives lá disponíveis. Além de aprender mais, nas minhas redes você terá informações dos nossos próximos ritos e atividades. A partir daqui, existem alguns livros que você pode ler para aprofundar seus conhecimentos e entender melhor de onde vem essas práticas e como elas estão fundamentadas na filosofia thelêmica. Consulte a lista abaixo:


Bibliografia recomendada:

Com o passar do tempo, você pode começar a construir o seu primeiro altar, que pode ser bem simples. Você precisará de uma Estela da Revelação, um símbolo que represente Babalon (antropomórfico ou não - recomendamos o selo de Babalon, o Arcano XI do Tarô de Thoth ou estátuas adaptadas sendo as mais fáceis de adaptar as de Pombogira), uma vela vermelha, um cálice (pode começar com uma taça de vinho simples mesmo) e incenso (recomendo o nag champa que é de sândalo com jasmim, incenso de rosas vermelhas ou de mirra).



Outra ferramenta importante que você pode criar é o Colar Devocional Escarlate. É possível confeccioná-lo de todos os preços e várias formas diferentes. Com o colar você pode começar a se desafiar mais e entoar 7x, 21x, 49x, 56x o mantra de Babalon, aprofundando seu treinamento magicko e sua relação com a Deusa e com a Egrégora Escarlate.

Estas experiências aqui descritas podem levar tempos variados. Um mês ou 1 ano, não importa. Entenda sua jornada, busque sua verdadeira conexão com Babalon, esteja sempre no foco de entender o seu desenvolvimento. Além das práticas indivisuais, é possível viver uma experiência devocional mais livre e apenas entre mulheres no Círculo Escarlate! Lá trabalhamos não apenas Babalon mas a relação Dela com outras Deusas e as diversas experiências mágickas que podemos viver enquanto mulheres novo-aeônicas! Fiquem de olho na programação dos encontros!


 

Eu espero que tenha sido bem sucedida em traçar uma rota segura e possível para quem quer começar nesse lindo Caminho Sagrado e que você tenha compreendido que o começo não precisa ser perfeito, completo nem tampouco cheio de respostas. O que realmente é necessário é o seu desejo, a chama do tesão por conectar-se com Babalon e a coragem de começar o trabalho de forma humilde para ampliá-lo aos poucos. Ela sempre sabe da verdade em seu coração e da pureza do seu amor. Brilhe como a Estrela que você é!

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